O Carnaval da história
Apenas tinha começado...
O homem descobre-se nu
Descobre que tem nas mãos
um cosmos descontrolado.
O Carnaval da história
Das estórias do pecado
Tinha traçado no chão
O destino que eu e tu
Sentiríamos marcado.
Comi o fruto da razão
Descobri toda a verdade
A voz do sangue do meu irmão
Acusa a minha liberdade! (bis)
Não quisemos paraísos
Recusámos perfeição
Sonhámos construir sós
Um mundo à nossa medida
Sob a nossa condição
Não quisemos paraísos
Lutámos p'la criação
Pelo domínio da vida.
Mas a discórdia entre nós
Faz-nos matar o nosso irmão.
O homem lobo do homem
Predomina sem sentido
Nesta nossa sociedade
Onde a diferença marca
E o racismo é consentido
O homem lobo do homem
O valor está invertido
Em nome da liberdade
Espezinhamos os mais fracos
E o irmão é o inimigo.