CP’la janela Gmal fechada Fentra já a luz do dDia;
morre a sombra desejada numa esperança fugidia.
Foi uma noite sem sono entre saliva e suor,
com um travo de abandono e gosto a outro sabor.
Dizes-me até amanhã, que tem de ser, que te vais,
porque amanhã, sabes bem, é sempre longe demais.
Acendo mais um cigarro, invento mil ideais.
Só que amanhã, sei-o bem, é sempre longe demais.
P’la janela mal fechada chega hora do cansaço,
vai-se o tempo desfiando em anéis de fumo baço.