Deixei ao tempo o rasto de quem sou
na areia de existir uma pegada
um passo nunca dado em que traçou
meu ser lacrimejante e húmida estrada
Moldados pés em traços que apagou
o mar nesse devir de paz salgada
são restos de um viver que ao ser levou
destroços do amor traços de nada
Por elas arrastei minhas vitórias
no trilho pelo mar roubado ao chão
por mim pisado outrora nas memórias (bis)
Não mais as praias loucas da ilusão
de ser cósmico grão despidas glórias
de ter no corpo nu alma e paixão