RoEendo uma larG#manja na falF#mésia,
olhando o mundo azul à minha frente;
ouvindo o rouxinol na redondeza
no cAalmo improvB7iso do poEente!
Em baixo, fogos trémulos nas tendas;
ao largo as águas brilham como pratas.
E a brisa vai contando velhas lendas
de portos e baías de piratas !
HavAia um pessG#megueiro na F#milha!
Plantado por um vizir de Odemira,
que, dizem, por amor se matou novo
alF#mi, no lugB7ar de Porto CEovo!
A lua já desceu sobre esta paz
e reina sobre todo este luzeiro.
À volta, toda a vida se compraz
enquanto um sargo assa num braseiro.
Ao longe, a cidade de um navio
acende-se no mar como um desejo.
Por trás de mim, o bafo do restio
devolve-me à lembrança o Alentejo!
Roendo uma laranja na falésia,
olhando à minha frente o azul escuro.
Podia ser um peixe na maré,
nadando sem passado nem futuro.