Entre a chAmuva dissolvCente,
no meu cGaminho de cDasa,
dou comigo na corrente
desta gente que se arrasta.
Metro, túnel, confusão,
entre suor vespertino,
mergulho na multidão,
no dia a dia sem destino.
Putos que crescem sem se ver,
basta pô-los em frente à televisão,
hão-de um dia se esquecer
rasgar retratos, rasgar-me a mão.
Hão-de um dia se esquecer
como eu quando nasci.
Será que ainda te lembras
do que fizeram por ti.
AmE o que foi feito de tGi,
Ame o que foi feito de mDim?
AmE o que foi feito de tGi?
DJá me lembrei, já me esquecAmi.
Quando te livrares do peso,
deste amor que não entendes,
vais sentir uma outra força
como que uma falta imensa.
E quando deres por ti,
entre a chuva dissolvente,
és o pai de uma criança
no seu caminho de casa.